terça-feira, 4 de novembro de 2008

sou melhor para criar do que para refazer

será? escrevo ainda o meu escuro. será? clarear o escuro. mas há o ritmo do dia e das estações do ano. escrevo para me aproximar do meu imaginário. por isso escrever como quem abre o mato, uma clareira para se sentar e observar. mas há uma ecologia.

e por que a raiva inevitável? alguém diz mas como é passional e dramática. andava olhando a nuvem e chamando-a de mim. embora nunca vá me parecer com uma. o mais fundo é também o mais alto de tudo: é o amor. a única comunicação que é viável não é através da palavra. silencio tudo aquilo que do meu coração não parte.

as historiazinhas nos seus moldes não me parecem as melhores. no entanto, apesar de desnecessárias, elas acontecem. escrever: o mundo realmente precisa de escritores que escrevam. que escrevam mesmo. e da tua leitura que desacelera. estaremos sempre separadas eu e a escrita. entre nós, o escrever. de certa maneira é a esse hábito de ir com mais vagar. marion me disse uma vez: raiz de talento: tentar lento. e eu acrescento: se revoltar, sempre. renunciar, muitas vezes. se ressentir, jamais.

o resto é descaminho. aquele papo álvaro de campos: neste momento quantos gênios têm os mesmos sonhos de gênios? etc, por isso a pausa, o intervalo. porque é a mesma coisa que o fora, essa matéria, mas tem uma descontinuidade entre a nuvem-mim-você.

e esses escritos da febre. escritos com febre, valentine. mas sobretudo, escritos da gratidão. porque há um acaso e a ele a gratidão. gratidão ao meu gênio, há de haver, uma transa sempre mais limpa, qualquer pra você. sem proteger. sem profecias.

3 comentários:

agente laranja disse...

http://senhordamasco.blogspot.com/2008/11/sobre-literatura-confessional.html
se vocês dois começassem a trocar cartas e depois um babaquinha compilasse, eu comprava. Realmente não sei se o resultado será gracinha ou terrível, mas gostaria de vê-los se contrapondo um pouco (&)

agente laranja disse...

isto cá

júlia disse...

muito simpático da sua parte, lui. mesmo. eu fui lá, e lendo-o entendi o que você estava sugerindo, falei com ele, linkei o blogue dele aqui, continuarei lendo e tudo, é lúcido e ético, mas depois que ele disse que acha ana cristina césar fraquinho confesso que brochei le-gal

saca?

 

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