segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

sing me to sleep

e se um poema não
adquire a independência necessária
(das pessoas estou cansada da independência necessária)

?

amarra meu cabelo ao corpo deste bebê, dá-lhe um dedo meu pra que chupe, se quiser o poema me come a carne. enquanto, em verdade, não. o problema é o poema da caixa toráxica. meu poema que não te atravessa. o problema é de quem? 'não deixa que ele vá sem mim', às vezes é como se eu pedisse por isso, sei. balança esse berço incontornável. com jeito meu pescoço te embala também. não amarra o gesto não.

e no corpo deste poema alguém? natimorto.
há crianças que nascem mortas e enormes, o mundo é assim, que vou eu fazer?,

2 comentários:

intruso disse...

o mundo é assim

(a poesia também;
gestos amarrados e independências insuficientes)
[ou não]

...



'insónia' também por lá



bj

júlia disse...

venho tão pouco aqui achando que ninguém comenta que demoro a te responder,....

o mundo é assim
nesse dia eu estava assim
mas também é - - -

aquela coisa - - - -

né?

:)

beijinho,

 

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