quarta-feira, 6 de outubro de 2010

daqui, ao longe o mar

pai!

que bom que você achou tudo isso que disse. acho que vai me ajudar a
continuá-lo e terminar, tanto essa noção desse ser que ser é esse?
também não sei. tem muito de mim, muito de mim na infância, mas tô
tentando descavá-lo da minha pessoa.

minha mãe disse que você disse pra ela uma vez que escrever é andar na
margem da ignorância, né? eu tô sentindo isso muito nesse texto. tenho
alguma idéia de como vai terminar o texto, mas não sei bem por onde.

vou reforçar sim, essa idéia de ser a terra, ser o chão e escavar-se.
mas fica muito espiritual. é um texto espiritual? engraçado, eu não
queria isso, mas acho que virou. de um espiritual irremediavelmente
perdido, também. eu que vou querendo tanto textos que falassem do fora
e do fazer enquanto uso da imaginação. mas a partir que eu e a mayana
resolvemos cavar um túnel não tinha outra saída a não ser fundar. e
por ser um diário, ainda mais. queria pular o paradigma moderno, mas é
engraçado, desde o começo desse texto penso que ele é um texto do
início do século XX, por mais que isso pareça absurdo.

agora que me deu a certeza de que não sou eu quem está naquele ser,
nem poesia é, vou forçar umas barras!

:)

beijo obrigada
beijo

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