sábado, 9 de outubro de 2010

ou: ainda só não chegou a hora do fim

acho que nunca foi tão difícil encontrar um final para um texto como desse que tenho que terminar. 

primeiro porque a experiência de escrevê-lo é prazerosa (de como me sinto uma calha, secretária do invisível) e difícil. mas consegui o ritmo dele, por conta de que (imagino) 90% do que escrevo é diário. então simular um diário é uma coisa que já treinei bastante sem simulação. cada vez mais acredito na repetição da calma atenção nas coisas. de que a técnica nasce-vive disso.

agora: o que faz difícil mesmo de terminar o texto que é um túnel é: como sair dele? aliás: o sem-ser que é o personagem dele, como é que ele vai terminar? porque se o túnel é uma metáfora do dentro, do isolamento, como não terminá-lo nem aniquilado pelo encerramento nem com a esperança do mundo de salvação, do  fora? aguardem-me.  também ainda não sei.

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