terça-feira, 15 de dezembro de 2009

by this river

há textos que nos modificam porque nos afastam de nós, em novas possibilidades. tem outros que parecem ter sugado o próprio jeito de pensar meu e, plasmados em palavras de outros, leio os meus conceitos que até então desconhecia. reconheço-os como a mão de um amado à primeira-vista. todo amor move.

o que me intriga, agora: como é lidar, encontrar com meu pensamento cem anos atrás?

*

é só o frio, júlia. não precisa fechar o estômago.

*

é preciso tanto tomar tanto cuidado com a Europa como apropriar-se dela. a apropriação pode ser pelo método europeu, por exemplo, de se vestir na compreensão do inverno. o cuidado, não, o cuidado deve ser tremendamente tropicalista.

*

a menstruação é uma destruição, mesmo. a matéria não usada se coagula e expele. deve ser por isso que dói. a pele melhora. é empírico. mulher é um ritmo.

*

não entendi o marcos
disse que eu faço o conceito ser performático e eu não entendi.

entendi agora. que reproduzi. ele deve ter razão porque eu só entendo as coisas quando reproduzo. é por isso que anoto freneticamente tudo o que os professores falam (também para não ter que olhá-los, o que além de constrangedor, muitas vezes causa tédio). é por isso que ao ler em inglês, traduzo. é por isso que escrevo sobre a minha vida. é por isso que faço sexo.

*

escrever, definitivamente, não é uma coisa e nem outra.

*

descobri que sou uma fita magnética e funciono ainda no tempo de quem se amavam e se davam k7. então você vem, aperta o play, and IT LOUD.

Nenhum comentário:

 

Free Blog Counter